20.2.09

Ode ao orgasmo

Durante as carícias que correm curvas e – principalmente – das que curvam dentro, só há um mínimo pensamento por momento ritmado, curto e alto, pulsante de som e suor. Esse fixo contínuo, uno de corpo e mente, que a cada segundo desejado deseja-se também um final permanente, escorre em seu paradoxal prazer contido e termina, por uma fração de tempo, maior que si. Momentos que seguem além fazem virar pelo avesso o corpo nu. Involuntariedades esperadas. Êxtase cru. Diante do indescritível, em teus olhos, é delicioso testemunhar lampejos de pequenas explosões de supernovas.